Não estamos mais tão familiarizados com as batidas longas do Rap e Hip Hop que, nos anos 90, tomavam conta dos guetos das grandes cidades brasileiras. Isso não aconteceu devido a falta de opções na cena nacional, mas talvez por uma crescente industrialização do Funk que “atirando pra todos os lados” empacotadinho, é do jeito que as massas populares preferem consumir. E justamente por causa dessa massa muito seletiva, sqn, não temos Anittas (testando seus níveis de saco fundo) e Tatis Zaquis (estragando sua infância) no nível dessa guria que as linhas dessa postagem tem o prazer de elogiar (e muito).
Capa do EP Thirst Trap
Dando nomes aos bois, essa guria – que a cara do bem produzido Hip Hop americano – se chamada DonMoniqueMitchell, é do Brooklin NYC (EUA), e seu EP intitulado Thirst Trap surpreende com a qualidade do som que, com certeza, seria a trilha sonora perfeita para um bom rolé no "instituto preto do mundo" tatuado eternamente na estrela do topo da árvore americana. Madison Square Garden perde feio se o que se quer de verdade é sentir a América pulsando no peito, na mente, e também no… Thirst Trap!
DonMonique tem o dom. Tem também uma produção excelente. Tem o calor, o suor, o cheiro imaginário que só a raça negra possui. E sem essa de taxar essa última afirmação. Preto é a cor e tem o calor. Fato consumado! Thirst Trap e suas 8 faixas possui sonoramente o que Minaj, Beyonce, e alguns enlatados, não trazem nem em 100 videoclipes orgasmáticos. Além, é claro, de possuir uma qualidade técnica que é capaz de dominar qualquer atmosfera que valorize decibéis em alta. É bom. O som de Donmonique fala mais do que qualquer análise de Somditrack. Escute o EP na íntegra no Soundcloud dessa preta com dendê gringo e fique com água na boca assistindo o vídeo da faixa You Ain't Heard. Só faço uma advertência… Vai esquentar!
Dizem que quase tudo
nesse mundo é influenciado ou influenciável. Quase nada é criação espontânea e
a cópia é a chave do negócio. No mundo da música essa análise é, quase sempre,
bem empregada, visto um mercado inclinado ao que mais vende, e a demanda pede
sempre “mais do mesmo”.
Desde que a época da
criação se extinguiu lá no final dos anos 80, o mundo da música pop tem passado
por dias ruins e repetitivos, o que não afetou muito o mercado, pois esse
ganhou muito com essa depressão criativa. Mas uma turma de jovens talentos
resolveu ampliar e inovar esse cenário, ao longo dos anos 90, fazendo da
primeira década dos anos 2000 fervilharem em novos gêneros musicais gerados por
misturas inovadoras de estilos que se consagraram nas décadas anteriores.
Seria tarefa difícil
citar os principais nomes percursores dessa Revolução Misturada que aconteceu,
nesta época, mas o movimento Indie foi um dos acontecimentos mais notáveis. O
Rock, que sempre foi matéria prima pra muita coisa boa, ganhou roupagens
indexadas de variados condimentos musicais, tais como o reggae, o blues, o jazz
e, principalmente, a música eletrônica, e é desse angu (do bom) que vamos
falar:
A banda em questão é a
Warpaint. Um grupo de meninas de Los Angeles - Califórnia, que faz Rock Experimental de altíssima qualidade.
Com Emily Kokal nos
vocais e guitarra, Theresa Wayman na guitarra, teclado, Jenny Lee Lindberg no baixo
e Stella Mozgawa na bateria e teclados, a banda começou em 2004, misturando
elementos variados, como o Shoegaze e Dream Pop, e sob forte influência de artistas consagrados,
como o compositor e guitarrista do Red Hot Chilli Peppers, John Frusciante (que
namorava a vocalista, na época), o grupo já lançou 3 álbuns, sendo que o
primeiro , em 2004, é um EP chamado Exquisite Corpse.
Em 2010 a banda lançou o disco The
Fool, alcançando uma excelente visibilidade, através de uma extensa turnê, que
contou com shows em grandes festivais, como Coachella e os festivais ingleses Reading and Leeds, além de contribuir com um cover da música Ashes to Ashes, para o álbum
tributo a David BowieWe Were So Turned On.
Em 2014, elas lançaram o
segundo CD, que leva o nome da banda.
Seria uma tarefa difícil
destacar em qual enredo a banda se encaixa, dentro do cenário musical qual elas
escolheram para enquadrar (ou não), o estilo musical. Como a influencia do guitarrista do Chili Peppers é direta, a guitarra dá o tom experimental do
grupo, mas não é só ela. O baixo da Jenny Lee, que tão em vez passeia pelo
Jazz, e a bateria percusivamente tribal da Stella chamam atenção, além,
é claro, do vocal da Emilly, que nos remete a uma mistura de Björkcom a
graciosa Grace Slick, da pioneira do rock clássico, Jefferson Airplane.
Para mais informações
sobre a banda acesse o Website da banda, e também as páginas do Twitter, Facebook
e o canal do Youtube.
Confira o vídeo da música
Billy Holiday (Rough Trade Sessions), tirada do álbum The Fool 2010:
Nascido em 9 de abril
de 1970, em São Paulo – Capital, Chorão
mudou pra Santos ainda criança, e em 1992 fundou, junto com o guitarrista Marco
Antonio Valentim Britto Jr (Marcão), o baixista Luiz Carlos Leão Duarte Junior
(Champignon), o baterista Renato Perez Barrio (Pelado) e o também guitarrista
Thiago Raphael Castanho, na 1ª formação, e, respectivamente o baterista André
Luiz Ruaz (Pinguim), e o baixista Heitor Gomes.
Uma história engraçada,
que começa com um acidente de carro, onde Chorão atropelou uma barraca de coco,
em Santos, que tinha o nome de Charlie Brown, termina com pouco mais de um mês
após a morte do vocalista.
Chorão viveu 42 anos
que representaram quase um século para a juventude brasileira. 15 anos de
carreira que nunca será esquecida. Quem nunca batucou na escola, na prancha de
surf - durante uma session no mar -, e nos Half's da vida, músicas da banda
Charlie Brown Jr?
No desejo de que sua
alma esteja em paz e em um bom lugar, relembro sua vida, My Brother, com essa
canção. Com ela amores começaram se intensificaram e se eternizaram... Muita
gente passou a ter mais atitude, sonhar mais alto e agir conforme desejo próprio
depois de ouvir essa canção. O seu lugar é no céu
agora, mas a luta continua por aqui, em busca de nosso Lugar ao Sol.