Pare o mundo que eu quero descer, meu irmão!
Mas antes de pedir o próximo ponto, vamos refletir
sobre alguns conceitos desse nosso grandioso sistema educacional: No início dos anos 2000, entrar na faculdade passou a
ser um sonho realizado para muitos brasileiros, que tanto desejavam uma
carreira de sucesso com estudos acadêmicos.
Com a renovação política das bases que rege nosso
governo, deixamos de ser um país exclusivista (como prediz os conceitos
neoliberais), pra nos tornar socialistas econômicos (com as classes emergentes
podendo usufruir dos bens de consumo que antes não tínhamos acesso).
Aí uma verdadeira corrida começou: Universidades de
tudo que é canto passaram a se fundir com grupos acadêmicos de entidades Norte-Americanas; Diminuiu o valor de
muitos cursos; O Enem – Exame Nacional
do Ensino Médio passou a isentar vestibulares, e alcançou o status-mor de
servir como acesso direto e isento em diversas faculdades do Brasil com o
sistema Sisu e Prouni; Surge o Fies,
dando suporte para financiamentos bastante acessíveis para quem não conseguiu
bolsas nos sistemas de inserção gratuita... Enfim, no Brasil, só não consegue
entrar para o nível superior de ensino quem não quiser.
Mas, meu irmão... Tudo que começa grande, se não
tiver um planejamento eficaz, termina de forma trágica ou caótica. Como diz o
ditado: “Quanto maior a altura, pior será a queda”, e quando a sabedoria popular -
essa que não costuma falhar - larga uma das suas... É melhor sair de baixo!
Mas, vamos justificar a prosa...
Nessa segunda-feira, muitos veículos de comunicação
publicaram a notícia que posso classificar como ‘A pior agenda do mês’. No
último Domingo (14), uma estagiária de Enfermagem
aplicou CAFÉ COM LEITE na veia de
uma Idosa de 80 anos que sofria de problemas renais, em um Posto de Atendimento
Médico (PAM) do estado do Rio de Janeiro. A idosa não resistiu e morreu.
Essa tragédia acontece seis dias após outra idosa
morrer (também no Rio de Janeiro) por causa de um erro do enfermeiro ao aplicar SOPA
na veia dela.
Quê é isso?
Inútil nos mostra o quanto estamos despreparados para
desenvolver funções onde é necessário mais treinamento e competência profissional.
A insatisfação e a péssima qualidade dos cursos acadêmicos é um assunto bastante pertinente em muitos debates sobre o Ensino Superior, no Brasil.
Ultraje
a Rigor canta, desde muito tempo, algo que se repete ao longo de nossa
história. Nosso BRADO RETUMBANTE,
diante de tantos erros sistemáticos, faz com que a sociedade brasileira decline
para a inutilidade.
Agora durma com um barulho desses...
A MÚSICA: Inútil “O fato”
A BANDA:
Ultraje a Rigor “Úteis”
O DISCO: Inútil/Mim
quer tocar “A censura até que tentou, mas a verdade sempre aparece e
prevalece”
O ANO: 1983 "O que já tava errado começava a piorar"
Assista ao vídeo da música:
ótima observação.
ResponderExcluirsão as consequências de se confundir "acesso" com "banalização". Viva o Brasil, que sempre erra achando que tá acertando.
Na verdade um questionamento como esse é daqueles de dar pano pra manga, talvez fazer um blog só pra discutir isso...
Verdade, Marta.
ExcluirPrecisamos colocar o assunto no tabuleiro e jogar certo!
O Brasil tá na empreitada de se mostrar ao mundo como uma nação influente, querendo mostrar que pode sentar na ONU junto com os desenvolvidos e pra isso quer mostrar números. Não deixa de ser um avanço que pessoas que outrora não teriam oportunidade de cursar o ensino superior agora possam, mas talvez o caminho passe distante daquele de criar uma sociedade com pessoas bem formadas. Somos vítimas da racionalidade, valores quantitativos não são fáceis de serem demonstrados em gráficos, então vamos pelo caminho da quantificação. Não importa a falta de estrutura que as recentes universidades federais presenciam, desde que possa ser mostrado quantas novas universidades foram criadas, não importa o quão burros e medíocres os profissionais saiam das universidades desde que possa-se mostrar o aumento no número de cidadãos com nível superior. Esta tendência não é exclusiva do Brasil, países desenvolvidos também usam desta façanha, mas não é necessário dizer pra qual lado da balança essa prática acarreta mais custos. A defesa é que os resultados chegarão a longo prazo e, sim, eles chegarão... só não tenho certeza ainda se serão favoráveis a maioria. A gente não sabemos tomar conta da gente, mas tamo querendo tomar conta dos outros, inutil, a gente somos inutil.
ResponderExcluirRecentemente fiz uma entrevista para um estágio em minha área. O tema da redação foi: O QUE MUDA COM O FATO DO BRASIL SER A 6° ECONOMIA MUNDIAL?
ExcluirNo fundamento de minha redação, expliquei o que muda: NADA!
Um status pra todos, lúcro desenfreado pra alguns, e a certeza de que nada vai mudar para a maioria!
Claro que não fui aprovado, mas a resposta sincera eu dei.
Nosso país, infelizmente, é um subproduto de interesses. Mas, até quando?
Excelente, colocação, amigo Joaquin. Que bom, que temos pessoas assim como você, que pense no próximo e que de fato critique, o que há de errado neste Brasil à fora, mais uma vez fatos como este colocado por você, está ai o Brasil sempre errando achando que está acertando ou ao menos fazendo o bem, sem ver pra quem.
ResponderExcluirTriste pensar que o nosso Brasil sempre será páis de 3° mundo.
Jeane Abreu!
E é assim mesmo, Jeane: ERRANDO E ACHANDO QUE TÁ CERTO!
ExcluirDa maneira com que lidamos com nosso governo, saúde e educação, é assim mesmo que vamos continuar: NO 3° MUNDO.
Com certeza o Brasil é um poço de inutilidade e o povo colabora para esse crescimento a cada dia, imagine as faculdades a distancia, será que é preciso está na sala de aula para aprender? Vai ver que não, é um tal de supletivo, aí vem o vestibular, que nem se quer corrigido, o que importa é que tem um banco que financia, por que não vende logo o certificado, sairia bem mais barato para nós mesmo, estamos numa faze que escola é uma instituição financeira e não mais educacional, essa foi uma boa forma de privatizar a educação e o povo não viu ainda, por que não construir mais faculdades pública.
ResponderExcluirInfelizmente, a prática de compra de diplomas não é algo incomum, minha amiga Elidiane.
ExcluirO ensino superior, no Brasil, passou a ser alvo da especulação financeira.
Uma hora a gente cansa e desacredita que bons tempos virão, pelo simples fato do proprio ser humano, não fazer por onde..Brasil, rum'' quando achamos q vimos de tudo, a sociedade faz questao de nos mostrar a verdade!! Amor ao proximo ta dificil hj em dia viuu :( triste realidade, mas temos q saber, pois isso é fato. Mas é isso..Realidade que muita gente nao quer enxergar não é msm?? Quer dar o passo maior que a perna. Dizer que alguem é profissional é facil, o dificil é chegar e mostrar competencia!! Da ate desanimo de ver a realidade de nosso país..Taí, realmente BRASIL é o país das diversidades..
ResponderExcluirMas precisamos direcionar nossas ideias, Ilany.
ExcluirTemos potencial para isso... Um país de tantos atristas e grandes homens e mulheres em diversas áreas do conhecimento, se sujeitar ao desânimo não ajuda.
E conto com você pra ver essa mudança acontecer!
lenbrome do comentario de Raimundo Varela:quando eu estava no hospital internado a minha esposa não saia do meu lado. oxala Deus q nos nunca venhamos a depender de hospitas e medicos porq corremos o risco de entrar ruim e sair pior ou morto.
ResponderExcluirMas, um dia iremos precisar, Jackson.
ExcluirE precisamos de profissionais, e não, AÇOUGUEIROS!
Saúde é vida, e a vida é o primeiro direito de nossa Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Somos um bando de vampiros que odeiam sangue!
ResponderExcluirEspero que todos aqui com seus comentários indiguinados(inclusive eu)levantem-se e vamos a forra. Poderia ser a minha ou a sua mãe. Na boa Joaquim cansei desse bonde.
Concordo, Eduardo.
ExcluirClaro que temos um longo caminho pra percorrer, mas vamos ir de cabeça erguida!
Sei que dá vontade de surtar e tirar a ESCALIBÚ da bainha, e acabar "na tora" com essa ignorância e conformismo.
O Brasil não investe em educação. Investe em números, e assim falseia o seu desenvolvimento. Mas ainda não é o nível máximo da inutilidade.
ResponderExcluirEspero que não cheguemos ao máximo então, meu amigo Jorge!!! Espero que não...
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