quarta-feira, 21 de maio de 2014

Quatro meninas, pouco bumbum e muito Rock Experimental - Warpaint na luta pela salvação do Rock And Roll





Dizem que quase tudo nesse mundo é influenciado ou influenciável. Quase nada é criação espontânea e a cópia é a chave do negócio. No mundo da música essa análise é, quase sempre, bem empregada, visto um mercado inclinado ao que mais vende, e a demanda pede sempre “mais do mesmo”.

Desde que a época da criação se extinguiu lá no final dos anos 80, o mundo da música pop tem passado por dias ruins e repetitivos, o que não afetou muito o mercado, pois esse ganhou muito com essa depressão criativa. Mas uma turma de jovens talentos resolveu ampliar e inovar esse cenário, ao longo dos anos 90, fazendo da primeira década dos anos 2000 fervilharem em novos gêneros musicais gerados por misturas inovadoras de estilos que se consagraram nas décadas anteriores.

Seria tarefa difícil citar os principais nomes percursores dessa Revolução Misturada que aconteceu, nesta época, mas o movimento Indie foi um dos acontecimentos mais notáveis. O Rock, que sempre foi matéria prima pra muita coisa boa, ganhou roupagens indexadas de variados condimentos musicais, tais como o reggae, o blues, o jazz e, principalmente, a música eletrônica, e é desse angu (do bom) que vamos falar:

A banda em questão é a Warpaint. Um grupo de meninas de Los Angeles - Califórnia, que faz Rock Experimental de altíssima qualidade.

Com Emily Kokal nos vocais e guitarra, Theresa Wayman na guitarra, teclado, Jenny Lee Lindberg no baixo e Stella Mozgawa na bateria e teclados, a banda começou em 2004, misturando elementos variados, como o Shoegaze e Dream Pop, e sob forte influência de artistas consagrados, como o compositor e guitarrista do Red Hot Chilli Peppers, John Frusciante (que namorava a vocalista, na época), o grupo já lançou 3 álbuns, sendo que o primeiro , em 2004, é um EP chamado Exquisite Corpse.

Em 2010 a banda lançou o disco The Fool, alcançando uma excelente visibilidade, através de uma extensa turnê, que contou com shows em grandes festivais, como Coachella e os festivais ingleses Reading and Leeds, além de contribuir com um cover da música Ashes to Ashes, para o álbum tributo a David Bowie We Were So Turned On.

Em 2014, elas lançaram o segundo CD, que leva o nome da banda.


Seria uma tarefa difícil destacar em qual enredo a banda se encaixa, dentro do cenário musical qual elas escolheram para enquadrar (ou não), o estilo musical. Como a influencia do guitarrista do Chili Peppers é direta, a guitarra dá o tom experimental do grupo, mas não é só ela. O baixo da Jenny Lee, que tão em vez passeia pelo Jazz, e a bateria percusivamente tribal da Stella chamam atenção, além, é claro, do vocal da Emilly, que nos remete a uma mistura de Björk com a graciosa Grace Slick, da pioneira do rock clássico, Jefferson Airplane.

Para mais informações sobre a banda acesse o Website da banda, e também as páginas do Twitter, Facebook e o canal do Youtube.

Confira o vídeo da música Billy Holiday (Rough Trade Sessions), tirada do álbum The Fool 2010:


2 comentários:

  1. Diante de tantas musicas toscas que amamos odiar. Ou odiamos amar...posso garantir que essa banda transcede muitas das minhas expectativas musicais. Que melodia maravilhosa! E a voz serena das meninas? Amo ouvir música dessa qualidade e gostaria de uma analise positiva de bandas e cantores brasileiros. Só para ter certeza que ainda existe salvação e não estamos em pleno caos musical.

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  2. Curtam a Fan-Page brasileira no Facebook WARPAINT BRAZIL https://www.facebook.com/warpaintbrazil

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