Por: Joaquim Castro, Daiane Santos, Thomas Pablo e André Luiz
A VIDA REAL É UM GRANDE PALCO
É natural que nos cursos de comunicação, os alunos sejam instigados a pensar sobre a sociedade de consumo, globalização sistemática uniforme, pós modernismo e espetacularização da notícia na mídia, com enfoque no jornalismo.
Numa década em que avançamos tanto nos experimentos científicos e no desenvolvimento de tecnologias - principalmente nas que facilitam a comunicação, é notável que a educação, o senso moral, a ética e os valores passaram a ser pensamentos e práticas de segundo plano.
Nos anos 60, o escritor e pensador francês Guy Ernest Debord começou a escrever as premissas de seu livro "A Sociedade do Espetáculo". Anos depois, diante de tal obra e desse insight sócio-apreciativo, o conceito passou a ser fruto de estudo nas academias de comunicação, pois retratava com muita clareza o viés da mídia na sociedade contemporânea. Os grandes veículos de comunicação de massa passaram a adotar um conceito que; até hoje, o maior e mais rentável modelo de produção é o MODELO SENSACIONALISTA.
Nesse contexto - o sensacionalismo, é que os estudantes do 3° e 4° semestres do curso de Jornalismo da União Metropolitana de Educação e Cultura - UNIME SALVADOR: André Luiz, Daiane Santos e Joaquim Castro apresentaram um vídeo falando sobre o assunto, tratando de explicar alguns mecanismos usados por um programa local chamado Se Liga Bocão, da TV Itapoan filiada à Rede Record, em Salvador - BA.
Nesse programa, o apresentador José Eduardo "Bocão" retrata fatos ocorridos na cidade de Salvador e no interior do Estado da Bahia, e a maneira com que as notícias são apresentadas no programa, a forma com que o apresentador demonstra sua parcialidade e a falta de edição e apuração das informações passadas, faz com que o seu programa se torne, catacterizadamente, uma produção sensacionalista.
Acusações, informações distorcidas, agressividade, parcialidade... Essas são algumas características editoriais desse programa. Vale ressaltar que existe uma grande concorrência em outras emissoras da Bahia, com programas de cunho parecido com o apresentado pelo Se Liga Bocão.
O PARADIGMA
Um dos temas abordados na apresentação do trabalho foi a possível da falta de educação do telespectador que consome esse tipo de notícia. Mas, o quê esperar da produção jornalística, se o que realmente dá audiência são esses produtos sensacionalistas? A produção jornalística está se moldando ao conceito de mercado, e à demanda que o mesmo pede. Sendo assim, o quê é que os consumidores desejam receber em seus televisores, rádios, impressos e computadores?
Assistam ao vídeo produzido pelos estudantes. É apenas um ponto de vista a ser refletido nesse emaranhado confuso que é tentar equilibrar a ética, o mercado financeiro, a produção jornalística e o interesse do público.